quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aniversário de 2 anos do Blog!!!


Meus Queridos Leitores,
Hoje o blog está fazendo 2 aninhos!!! E só tenho a agradecer a vcs, principalmente aos meus pacientes que não só me inspiram como me ensinam a real essência da vida....Compartilho com vocês a declaração de Steve Jobs, nela me identifiquei por completo "Me convenci que a única coisa que me fez seguir em frente é que eu amava o que fazia. Você tem que achar o que ama. Seu trabalho vai preencher boa parte da sua vida. E é a única maneira de ser verdadeiramente satisfeito. É fazer o que acredita ser um ótimo trabalho, e a única maneira de fazer um ótimo trabalho, é amar o que você faz. Se você não achou isso ainda, continue procurando, e não desista. Como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. (...) Não desista."





segunda-feira, 30 de maio de 2011

VIII Jornada de Psicologia do INCA

Tema: CUIDANDO DE FAMÍLIAS ENLUTADAS
Aguardo todos vocês!!!




Venho através deste convidá-los para a VIII Jornada de Psicologia Oncológica do INCA

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Convívio com animais favorece o sistema imunológico e reduz estresse

PESQUISA






Convívio com animais favorece sistema imunológico e reduz estresse







A convivência com animais de estimação pode contribuir não só para o bem-estar psicológico, mas também para a prevenção e tratamento de várias patologias. A conclusão tem como base a revisão de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, realizado por pesquisadores do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor César Ades. Os cientistas destacam, por exemplo, a melhora da imunidade de crianças e adultos, a redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado. O objetivo do mapeamento, encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), era enfatizar informações relevantes e pouco conhecidas sobre os benefícios sociais, psicológicos e físicos na relação entre o homem e o animal.
De acordo com o levantamento, as vantagens independem da idade. Os pesquisadores da USP citam, por exemplo, um trabalho que identificou vários benefícios aos bebês que convivem com cães. Certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em crianças de um ano quando expostas precocemente à presença de um cão. Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, este trabalho mostra que o convívio possibilita aos bebês ficar menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas. “Também foi observada a redução de rinites alérgicas por volta dos 4 anos e dos 6 aos 7, devido à redução da imunoglubina E, um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico”, afirma. De acordo com a pesquisa ainda há resistência de pessoas com filhos pequenos adquirirem um animal de estimação: 44% das residências que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de famílias com crianças até 9 anos. Um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade. “Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, sendo importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona”, explica Carine.
Outros estudos identificados pelos pesquisadores da USP também avaliaram as taxas de sobrevivência, no ano posterior a um infarto agudo do miocárdio, em donos de cães, gatos e outros animais de estimação e em pessoas que não possuíam bichos. Segundo os pesquisadores, depois de determinado período, verificou-se que a posse de um cão contribuiu significativamente para a sobrevivência dos pacientes, pelo menos no ano seguinte ao incidente. Já no controle de hipertensão arterial, os estudos também apontam benefícios. Profissionais que viviam em condições de estresse e faziam controle do problema com medicação foram divididos em dois grupos: os que tinham cachorro ou gato e os que não possuíam animais. A pesquisadora Maria Mascarenhas Brandão afirma que, seis meses depois do início do monitoramento, foi constatado que as taxas de pressão sanguínea diminuíram para ambos os grupos. Entretanto, nas situações geradoras de estresse a resposta foi melhor para os donos de cães. Além disso, este grupo aumentou significativamente suas taxas de acertos em contas matemáticas, em relação àqueles que não possuíam os animais.



Escrito por blogdamentecerebro às 18h11



segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nos limitamos...

Somos limitados por tudo que não sentimos!
                          por tudo que não vemos!
                          por tudo que não escutamos!
                          por tudo que não conseguimos tocar!
Lembrando que temos o livre-arbítrio sempre!!!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A falta x O excesso

   Na concepção psicanalítica das origens existe o excesso e algo para sempre perdido. No
caso deste último trata-se de um objeto, que é continuamente recriado no mundo representacional,
mas para sempre buscado em sua plenitude. Esse movimento torna-se matriz do desejo que aponta,
como uma bússula, para realizações sempre parciais. Em sua forma completa, inteira, embora
sempre procurada, esse pedaço do paraíso se mantém, entretanto inatingível.
Assim o que acontece na psicanálise é que o indivíduo revisita o seu passado, para criar maior
autonomia para o futuro.
Pobre indivíduo autônomo! numa sociedade imperfeita e contraditória, dele se espera uma
funcionamento perfeito e integrado e principalmente, se autônomo mesmo, que seja capaz de regular
seus próprios impulsos para não deslizar para a compulsão e o fundamentalismo.
Mas o que nos informa a clínica atual? Como já foi fartamente discutido, a contemporaneidade, tem
como exigência uma forma de ser fragmentada, provisória e contingente, propiciadora da
constituição de patologias do eu ou do narcisismo.
O ponto comum que encontro em meu cotidiano clínico constituídos por pacientes fóbicos,
anoréticos, normóticos, compulsivos que correm atrás de “adrenalina existencial”, de subjetividades
que vivem intensamente o sexo frente à tela do computador ou àquelas presas masoquisticamente a
valores fúteis e/ou ideais acachapantes de casamento, amor, sucesso ou felicidade, é a figura cruel do Superego.
E o homen segue buscando e bancando sua angústia...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Família

Queridos,

Compartilho com vocês esse texto espetacular sobre a família, instituição fundamental em nossas vidas, e que de alguma forma faz toda a diferença principalmente nas datas comemorativas de final de ano. Seja ela a família biológica,  a família que construímos ou até mesmo a família que escolhemos.
"Família é prato difícil de preparar"

(de "O Arroz de Palma", de Francisco Azevedo)


    Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
    E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo.    Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
    Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.

    Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
    O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
    Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
      Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.